quinta-feira, 30 de abril de 2015

Uma goleada moral e cívica.

Impossível falar da goleada de ontem sem falar sobre 2014. Explico, por enquanto, com a imprudência da obviedade: ano passado fomos quase rebaixados no Campeonato Paulista e tivemos um resultado mediano na Copa da Federação. Um ano perdido. Pois bem, volto agora sob a luz da razão: é o contrário!! 2014 foi um excelente ano. O quase rebaixamento no Campeonato Paulista foi a melhor coisa que nos aconteceu. Detalharei em metáforas e minúcias: foi um tapa na cara em praça pública. Destes que têm seu legítimo direito de revide negado pelo que restou da nossa hombridade: não há a quem culpar senão a nós mesmos. Só houve uma coisa a ser feita: mudar de estratégia. Ou por outra, ter uma estratégia. Enxergaram a virtude da bofetada? Até então, levava-se a vida na flauta. Explico. O escrete juventino e a comissão técnica vinham sofrendo inúmeras mudanças em pouquíssimos meses. Era um entra e sai tão frequente de jogadores e técnicos que a torcida já não sabia o nome de ninguém. Torcia-se assim: "Vai dez, chuta pro gol!", "Quebra ele, dois, quebra ele!!". Um time sem nomes e, portanto, sem identidade. Jogava-se pensando apenas nessa ou naquela partida. Era preciso ter um planejamento a longo prazo e, de mais a mais, construir num nova moral com as pessoas que testemunharam o tabefe. Assim foi feito na pré-temporada da Copa da Federação. Mudanças na comissão técnica e no elenco, já pensando a longo prazo. Houve ali uma nova Constituição Civil para nós, cidadãos juventinos, e com um Governo empossado por estes que aí estão, ganhando de goleada. Agora é só pagarmos os impostos. Ou por outra, os ingressos.